Páginas

domingo, 8 de dezembro de 2013

O PROTOMODERNO OU ART DÉCO

Nada marcou mais o cenário das cidades brasileiras nas décadas de 1930 e 1940 que a arquitetura de tendências art déco, que então se firmou como uma expressão de modernidade acessível às diferentes classes sociais. 
A partir de construções de maior porte, o vocabulário conquistou o gosto popular e se disseminou em cidades grandes e pequenas. 
Na arquitetura o art déco ou protomoderna, concilia aspectos inovadores e vínculos com o passado. 
Da arquitetura Francesa recupera o viés decorativo, expresso na volumetria em composições marcadas pelo jogo de formas geométricas e/ou em fachadas com elementos de conotação ornamental. 
Também faz uso do método de composição, pela adoção de regras referentes a simetria, axialidade e hierarquia na distribuição da planta, na organização das fachadas e na disposição da volumetria, expressas, entre outras coisas, na ênfase conferida ao acesso principal e na repartição da fachada em base, corpo e coroamento. Ainda emprega elementos da linguagem clássica, como colunas, óculos, frontões, capitéis, pilastras e platibandas.
O aparecimento do termo protomodernismo, deve-se a um artigo publicado na revista A+U de fevereiro de 1988, de autoria de Luiz Paulo Conde: “Anônimo, mas fascinante, protomodernismo em Copacabana”. O referido ensaio é fruto de uma pesquisa do autor conjuntamente com Mauro Nogueira, Mário Almada e Eleonora Figueiredo de Souza, cujo objetivo era catalogar uma série de edifícios arquitetônicos não catalogados pela historiografia oficial, daquela época, em Copacabana.
O Protomodernismo, como arquitetura de transição, não é compreendido como um fenômeno de empobrecimento do Eletismo nem como Modernismo rudimentar.
São notória as influências e as tensões causadas pelos dois estilos que precederam e sucederam (e também acompanharam) o Protomodernismo, na arquitetura. Mas entende-se que a arquitetura protomodernista, como um estilo conciliador, foi uma representação possível da Modernidade, para uma sociedade que se encontrava também em transição. 

O protomoderno revelou-se uma linguagem acessível às elites, às classe médias e às classes populares.
Na arquitetura, a partir de construções de maior porte, o vocabulário conquistou o gosto popular e disseminou-se em grandes e pequenas residências e em prédios comerciais.

Suas linhas geometrizadas – especialmente os volumes, os vãos e as superfícies escalonadas – popularizaram-se em cidades grandes e pequenas, convertendo-se em marco do cenário urbano brasileiro das décadas de 1930 e 1940.















Um comentário:

  1. Primeiro blog que encontro no qual a exposição dessa discussão é feita de modo claro e sucinto.

    ResponderExcluir