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domingo, 8 de dezembro de 2013

PROTOMODERNISMO NO ESPIRITO SANTO

Por que Vitória parece estar tão ‘apagada’ em relação às demais capitais brasileiras com relação a obras arquitetônicas protomodernas? Em busca desta resposta, consideramos o apelido Cidade-Presépio e, neste, a simbologia sobre a qual esboçamos a hipótese do que se constituiria como uma característica singular da cidade, qual seja a existência de representações que não conseguem se destacar intensamente por se configurarem enquanto referências secundárias quando comparadas a outras.

Buscando a confirmação desta idéia, voltamo-nos à descrição de sua imagem visual, atendo-nos à conformação física do seu território e à sua formação arquitetônica, revelando relações construídas entre seus principais objetos arquitetônicos do estilo protomoderno.

É impossível não salientar o valor histórico da arquitetura protomodernista para o conjunto arquitetônico e para a história da arquitetura no Espirito Santo.
O Protomodernismo incorporou valores universais da Modernidade em arquitetura, representou-os de forma referenciada e divulgou-os, junto a outras mídias e artefatos da época, traduzindo o anseio por modernização da sociedade em matéria de consumo.

A ocupação efetiva - ainda que parcial - do Novo Arrabalde, no final da década de 20 do século passado, marca a transição à chamada Pós-Cidade-Presépio, quando Vitória, pela primeira vez, estende-se em direção às praias da região leste.

Até à década de 60, esta porção da ilha chega a apresentar um caráter estritamente residencial, configurando um desenho próximo àquele idealizado por seu criador, onde os inúmeros afloramentos rochosos conferiam uma especificidade ao local, configurando uma paisagem bem diferenciada daquela existente até então.

Neste espaço, aparece a vanguarda do estilo protomoderno, que já se destacavam nas áreas novas do Centro, exemplos como a Associação de Funcionários Públicos, o Hospital Infantil, o Correios e os Telégrafos.

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