Nada marcou mais o cenário das cidades brasileiras nas décadas de
1930 e 1940 que a arquitetura de tendências art déco, que então se firmou como
uma expressão de modernidade acessível às diferentes classes sociais.
A partir de construções de maior porte, o vocabulário conquistou o
gosto popular e se disseminou em cidades grandes e pequenas.
Na arquitetura o art déco ou protomoderna, concilia aspectos inovadores e vínculos
com o passado.
Da arquitetura Francesa recupera o viés decorativo, expresso na
volumetria em composições marcadas pelo jogo de formas geométricas e/ou em
fachadas com elementos de conotação ornamental.
Também faz uso do método de
composição, pela adoção de regras referentes a simetria, axialidade e
hierarquia na distribuição da planta, na organização das fachadas e na disposição
da volumetria, expressas, entre outras coisas, na ênfase conferida ao acesso
principal e na repartição da fachada em base, corpo e coroamento. Ainda emprega elementos da linguagem clássica, como colunas,
óculos, frontões, capitéis, pilastras e platibandas.
O aparecimento do termo protomodernismo, deve-se a um artigo
publicado na revista A+U de fevereiro de 1988, de autoria de Luiz Paulo Conde: “Anônimo, mas fascinante, protomodernismo em Copacabana”. O referido ensaio é fruto de uma pesquisa do autor
conjuntamente com Mauro Nogueira, Mário Almada e Eleonora Figueiredo de Souza,
cujo objetivo era catalogar uma série de edifícios arquitetônicos não
catalogados pela historiografia oficial, daquela época, em Copacabana.
O Protomodernismo, como arquitetura de transição, não é
compreendido como um fenômeno de empobrecimento do Eletismo nem como Modernismo
rudimentar.
São notória as influências e as tensões causadas pelos dois
estilos que precederam e sucederam (e também acompanharam) o Protomodernismo,
na arquitetura. Mas entende-se que a arquitetura protomodernista, como um estilo
conciliador, foi uma representação possível da Modernidade, para uma sociedade
que se encontrava também em transição.
O protomoderno revelou-se uma linguagem acessível às elites, às classe
médias e às classes populares.
Na arquitetura, a partir de construções de maior porte, o
vocabulário conquistou o gosto popular e disseminou-se em grandes e pequenas
residências e em prédios comerciais.
Suas linhas geometrizadas – especialmente os volumes, os vãos e as
superfícies escalonadas – popularizaram-se em cidades grandes e pequenas,
convertendo-se em marco do cenário urbano brasileiro das décadas de 1930 e
1940.
Primeiro blog que encontro no qual a exposição dessa discussão é feita de modo claro e sucinto.
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